sábado, 9 de outubro de 2010

ESTRATÉGIAS DE ENSINO EM LÍNGUA PORTUGUESA

A fase da alfabetização e o “alfabeto de figuras”


Modelo de alfabeto para as crianças

No início da alfabetização a criança aprende o seu próprio nome, além da identificação das palavras que possuem cada letrinha do alfabeto.

Uma sugestão interessante é fazer o “alfabeto de figuras”. Para cada letra do alfabeto uma figura correspondente é colada. Por exemplo, para a vogal “a” é colada uma figura de uma abelha, para a consoante “b” a figura de um bolo, e assim por diante. A professora deve providenciar o material utilizado para a aula: livros usados, revistas velhas ou jornal para serem recortados, além de cartolinas, colas e tesouras sem ponta.

Os alunos serão divididos em grupo e também dividirão a cartolina, o que promoverá maior união entre eles, além de noções de divisão de tarefas, liderança, e trabalho em grupo.
Em uma aula os alunos escreverão as letras do alfabeto na cartolina e recortarão as figuras, na outra aula eles irão colá-las e os trabalhos serão expostos em sala e também em murais na escola, se possível. O professor deve lembrar-se de entregar um “saquinho” plástico para cada grupo, para que eles possam guardar as figuras recortadas para a próxima aula.

Esse trabalho trará segurança para os alunos quanto ao alfabeto, já que a produção do mesmo depende da autonomia de cada um, além de trazer uma reflexão quando na busca por figuras em associação às letras correspondentes e também implicará na ligação da forma escrita com a pronúncia da letra.

Ao olhar seu trabalho exposto na escola o aluno se sentirá detentor do seu próprio saber e estará mais seguro quanto a essa etapa de aprendizagem tão nova, e ainda se sentirá valorizado pelos professores e alunos que irão admirar o trabalho durante os intervalos.
Para o professor é uma forma de avaliar o conhecimento dos alunos quanto à aprendizagem do alfabeto.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola








Trabalhando as Relações Interpessoais

Atividades em grupo promovem as boas relações
Dentre as tantas inteligências emocionais que uma pessoa possui, a relação interpessoal é uma de grande destaque, pois é a forma como o indivíduo lida com o seu meio social, seja na família, na escola ou no trabalho.
Mas nem sempre encontramos pelo caminho pessoas que somente nos agradam, tendo aqueles que de uma forma ou outra causam sensações que não queríamos viver, afastando-nos dos mesmos.
Como a escola é um espaço social de grande número de pessoas, é normal que aconteçam os conflitos. O que não pode ser comum é o desprezo em relação aos incômodos, pois esses devem ser trabalhados a fim de tornar os sujeitos mais tolerantes com o seu próximo.
Algumas atividades podem auxiliar os alunos (ou mesmo a equipe de profissionais) a perceberem as diferenças entre as pessoas, além de mostrar que cada um deve ser respeitado e valorizado em suas características próprias.
Trabalhar com revistas é uma excelente opção para isso. Num primeiro momento pode-se propor que pesquisem diferentes pessoas e recortem as gravuras para montar um cartaz. Alguns pontos devem ser ressaltados, como: altura, peso, raça, idade, temperamento (através da expressão da pessoa), etc.
Essa atividade leva os participantes a perceberem que as diferenças entre as pessoas são muitas, e o guia da atividade deve advertir que todos merecem respeito, independente de suas características.
Leilão de coisas e sentimentos é uma brincadeira que trabalha os valores de cada sujeito. Cada integrante recebe notinhas de dinheirinho no valor aproximado de cinquenta reais. As coisas leiloadas vão sendo retiradas de um saco, onde, depois de cantadas, devem receber os lances. Os lances serão livres, mas os participantes deverão controlar suas despesas, pois o banco estará fechado, não tendo como fazer novos saques. Além disso, deve haver coerência sobre a hierarquia das coisas e seus respectivos valores. Por exemplo: amizade deve valer mais que uma bicicleta.
Dentre as coisas leiloadas sugerimos: amizade, respeito, harmonia, amor ao próximo, solidariedade, bondade, viagem, bicicleta, dentadura, buquê de flores, automóvel, religião, esportes, etc.
Confeccionar crachás é outra forma de trabalhar o respeito ao próximo. Neles os integrantes colocam suas características principais como: nome, apelido (se tiver), o que o deixa feliz, o que o chateia, seu maior sonho.
O crachá deverá ser usado todos os dias, sendo que todos os membros do grupo devem ficar atentos para os gostos dos outros integrantes.
O mural das cores deve conter os nomes de todos os integrantes do grupo e pequenos círculos em EVA nas cores: vermelha, verde e amarelo, onde cada elemento deverá mostrar como está se sentindo, de acordo com a cor da bolinha escolhida. A cor vermelha representará “irritação e nervosismo”; o verde, “felicidade e calmaria”; o amarelo, “tristeza e chateação”.
Ao iniciar as atividades, cada integrante deverá colar ao lado do seu nome a cor que representa o seu estado de espírito naquele momento. Se no desenrolar das atividades o sentimento mudar, a pessoa deverá colar outra bolinha, de acordo com o novo sentimento, pois dessa forma todos saberão como se encontra.
O guia, ao perceber que alguém está triste, deverá questionar o grupo do que pode ser feito para alegrar aquela pessoa, fazendo com que todos reflitam sobre os sentimentos alheios e o quanto podemos ser solidários às pessoas, quando estas precisam de nós.
Todas essas atividades exercitam a capacidade de valorizar o que o outro trás consigo, que cada pessoa é diferente da outra, que os nossos sentimentos podem mudar dependendo do que vivenciamos, etc., amenizando os conflitos e melhorando as relações interpessoais entre os elementos de um mesmo grupo.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
























A interdisciplinaridade com base nos gêneros textuais

Visando promover a concretização de resultados positivos no que se refere ao ensino-aprendizagem, cita-se a importância de trabalhar a interdisciplinaridade no contexto educacional.

A eficácia obtida fundamenta-se no princípio de que sua aplicação promove uma maior interatividade na relação professor x aluno, como também propicia um maior envolvimento com o conteúdo ora trabalhado por parte do aluno.

Dessa forma, tal procedimento corrobora única e simplesmente para uma melhor assimilação, em razão desta familiaridade travada entre aprendiz e aprendizado.

Enfatizando o trabalho docente a partir do estudo de gêneros textuais, os mesmos são passíveis de uma gama bastante variada concernente à aplicação entre as disciplinas.

Tornando prática a presente afirmativa, atentemo-nos para os textos instrucionais, em especial, a receita culinária, explicitada a seguir:

Creme de chantilly com maracujá

2 latas de leite condensado
2 latas de creme de leite sem soro
500 gr de Chantilly
3/4 xícara (chá) de suco concentrado de MARACUJÁ
1/2 xícara (chá) leite frio
6 colheres (sopa) açúcar
1 colher (sopa) achocolatado em pó
1/2 pacote de bolacha doce de sua preferência
1 maracujá
1 pacote de 30gr de chocolate granulado

Modo de Preparo:

1º passo: Prepare o Chantilly na batedeira com o açúcar e reserve na geladeira.

2º passo: Coloque no liquidificador e bata por 4 minutos: leite condensado, creme de leite e o suco maracujá.

Depois de bater, coloque todo este creme em um refratário grande e leve ao freezer.

3º passo: Com a bolacha de sua preferência, passe pelo leite com achocolatado e faça uma camada apenas em cima do creme. VOLTE À GELADEIRA.

4º passo: Depois de 30 minutos. Coloque todo o Chantilly em cima da camada de bolacha.
Corte o maracujá e espalhe toda a semente por cima do chantilly. Em seguida cubra com chocolate granulado.

Coloque no freezer e sirva depois de 3 horas.

*No que se refere à Língua Portuguesa, um aspecto de total relevância é o emprego dos verbos no modo imperativo sob uma perspectiva analítico-discursiva, levando em consideração a linguagem persuasiva.

*No campo das exatas, sugere-se a criação de uma receita patenteada pelos alunos, na qual poderão ser abordados uma multiplicidade de temas, tais como números fracionários (metade, a terça parte, entre outros), unidades de medida (litro, gramas) e noções de quantidade como um todo.

*Investindo também na questão dos valores morais, sociais e éticos, surge a possibilidade de promover uma mostra “gastronômica” na escola, contando com a participação da família, no objetivo de comercializar os “feitos” obtidos pela arte culinária, despertando o instinto solidário por meio da ajuda a uma entidade filantrópica, por exemplo.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola








A oratória

Alunos em apresentação de trabalho escolar
É muito comum em sala de aula descartarmos a possibilidade de se trabalhar a oratória, já que nos comunicamos com eloqüência através da fala desde os primeiros anos de vida.

No entanto, alguns alunos passam por problemas peculiares ocasionados pela falta de oralidade, justificados por dificuldades de dicção ou de relacionamento com os colegas, por exemplo.

A fala, como a escrita, pertence à língua e faz parte de seus estudos, afinal, sabemos que há até mesmo uma ciência que estuda unicamente os fonemas da língua, chamada de Fonologia. É imprescindível que a pessoa saiba se expressar bem perante diferentes situações, principalmente nos dias de hoje, nos quais observamos que o mercado de trabalho está cada vez mais exigente.

Há vagas de trabalho disponíveis, porém, não há candidatos que atendem aos requisitos básicos para investidura em determinado cargo, como: expressar-se bem e escrever corretamente.

A fala nos diz de algo que praticamos todos os dias, independente do lugar ou situação em que nos encontramos, pois é uma habilidade humana irrefutável e intransferível. Diariamente, usamos as palavras na comunicação para alcançar objetivos diferenciados: uma conversa com o colega, com o patrão, com a professora, com os pais, com os amigos de infância.

Contudo, é tão importante objetivarmos o trabalho da oratória com os estudantes, os quais serão acrescidos de maior destreza ao falar, maior segurança, mais confiança, maior facilidade em se relacionar, além de aguçar a criatividade.

Na escola, essa linguagem oral pode ser trabalhada de diversas formas: debates, seminários, amostras, exposições, entrevistas, dramatizações, dentre outras. Todas exigem do grupo ou do aluno pesquisa sobre o assunto, análise de metodologias de apresentação e exposição e, principalmente, o exercício da fala perante um público alvo ( no caso, os colegas de sala), ou seja, a prática da oratória.

Cabe ao professor em conjunto com a escola envolver-se neste trabalho, despertar o interesse do estudante, estimulá-lo a desenvolver pesquisas e meios de expor suas idéias.

Uma dica para o aluno tímido é integrá-lo em atividades que não o exponha de imediato; conversar com os colegas do grupo no qual esse aluno ficará e incentivá-los a pedir sugestões a esse colega, o qual irá se interagir aos poucos com os demais. O importante é que este aluno mais acanhado não fique de fora da atividade pedagógica proposta sob nenhuma circunstância. No término da apresentação, todos os alunos que contribuíram, desde a elaboração do texto apresentado até a confecção dos recursos visuais (cartazes, etc.), deverão estar à frente da sala para que o trabalho seja reconhecido com aplausos da professora e dos colegas.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola


A Língua Portuguesa e os anos iniciais
Desde o início da vida o bebê começa a se interagir com a sua língua, pois mesmo que ainda não fale, está de ouvidos atentos à mãe, ao pai, aos familiares, à televisão, à música. De modo quase que instintivo começa a querer falar, a provar e descobrir um mundo de conhecimento ao seu redor, pois é tudo novo. Todos os que estão a sua volta têm uma capacidade incrível de liberar um som, às vezes alto, baixo ou sussurrado. Quando vai descansar a criança observa o som que acalma, a cantiga de ninar...
Então, percebe que para cada momento existe um som e começa a querer imitá-los. Chora e balbucia quando está com fome, ri e libera alguns sons de possíveis letrinhas quando gosta de alguma coisa, grita quando algo dá errado. Os adultos começam a ensinar as primeiras palavras: mamãe, papai, vovó. E assim a criança vai se formando como falante nativo de sua língua e com o passar do tempo, já sabe liberar o som exato para cada momento. O falante nativo segue o mesmo princípio da fixação da língua portuguesa como nativa no Brasil, ou seja, a qual se deu primeiramente com a fala, originada do latim vulgar.
No último ano do ensino infantil e, principalmente, no 1º ano da primeira fase, a criança começa a ter contato com as letras, com o alfabeto, com a primeira letrinha do nome, e se encanta por este universo de novas possibilidades. A associação da letra com o som começa nessa fase da alfabetização. A criança começa a imitar a letra da professora, de livrinhos, a se esforçar para que saia igual à letra do quadro ou da tarefinha. Mais tarde a criança começa a entender que pode fazer o seu número “2”, o número só dela, que ela criou, ou escrever seu nome do jeito que gosta com o “l” maior do que a linha. É importante que a criança seja monitorada, mas sem muita cobrança, já que a fase da educação infantil é a fase de desenvolvimento da criatividade, do potencial artístico. No entanto, com o passar de alguns meses, a criança vai perceber que as letrinhas acompanham as linhas do caderno, para ficarem iguais, mais harmônicas. Alguns adéquam ao caderno de caligrafia, outros vão moldando a letra do próprio modo. As primeiras sílabas são escritas com muito esforço através do “ditado” da professora. Ao final do ano, a criança já sabe que “macaco” é a junção das sílabas ma, ca, co, porque aprendeu as “famílias” de cada uma: a família do “ba” de bolo, do “ca” de cama, e assim por diante.
Nos anos seguintes, já iniciada a leitura, o aluno desenvolve ainda mais sua escrita e a velocidade motora ao escrever. Tem facilidades com memória visual e aprendizagem a partir do lúdico, ou seja, jogos pedagógicos que podem ser feitos em sala de aula ou em casa. Os professores devem incentivar os jogos e também os pais: jogo da memória, jogo de tabuleiro, de montar, quebra-cabeça, etc. E mais do que incentivar, os pais e professores devem interagir com a criança.
Sabemos que nos dias de hoje, os pais não tem tanto tempo disponível, mas é muito importante estar em contato com a criança nesta fase, mesmo que seja aos finais de semana. Pode ser até mesmo para um jogo de amarelinha, já que o convívio social entre os “coleguinhas” e familiares é também primordial nessa fase. O bom convívio com os demais oferece à criança maior percepção do mundo ao seu redor e de si mesma, o que resulta em segurança e auto-estima, e melhor entendimento e respeito aos demais.
É importante que pais e professores monitorem as crianças, mas como auxiliadores, facilitadores da aprendizagem. A criança tem que fazer sua tarefinha, e se for preciso, apagar, fazer de novo, até quando achar que está de acordo com o que ela é, afinal, o que é a aprendizagem da língua, senão a expressão de si mesmo em um papel.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola



Alunos em recuperação em Português!

A recuperação em Português não precisa ser cansativa e estressante!
O que fazer com aqueles alunos que não conseguiram atingir a média mínima em Português? Normalmente, é solicitado aos que ficaram em recuperação trabalhos extensos escritos à mão. Isso gera desgaste no aluno que tende a copiar da internet ou do livro e não aprende nada com isso, ou seja, não recupera nota, e o pior, continua sem adquirir conhecimento. E é o professor quem acaba levando aquele montante de cópias para casa!

Que tal solicitar a confecção de um jornal? Reúna os alunos em recuperação e oriente-os sobre a linguagem jornalística. Converse a respeito da diferença dos jornais escritos e dos televisionados. Leia textos com os alunos a respeito dos significados de editorial, notícia, manchete, etc. O jornal será focado no ambiente escolar, no entanto, poderá haver uma seção sobre as notícias da cidade e também do bairro. Divida as seções do jornal por duplas, de acordo com as aptidões de cada um e de forma que os estudantes que morarem mais perto ou forem amigos fiquem juntos, pois um encontro para discutir sobre o assunto ficará mais fácil. Contudo, apenas um aluno pode ter a responsabilidade de ficar com uma coluna. O periódico terá página da cidade, do bairro, das comemorações na escola, homenagens aos professores, lista de aniversariantes, notícias de última hora, esportes, etc. Se alguém tiver dom para desenhar, ficará com a parte de ilustração do jornal.

O trabalho poderá ser avaliado individualmente, em duplas e no geral.

Com certeza será bem mais enriquecedor para o professor, escola e para os alunos, principalmente, esse tipo de trabalho, o qual ainda poderá continuar a ser veiculado na escola. No entanto, se esta última já tiver jornal, a professora pode propor um teatro, a confecção de uma música, claro, sempre trabalhando a teoria, a linguagem da arte escolhida.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
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Alunos com letra ilegível

A letra ilegível é um obstáculo para a leitura!


Primeiramente é necessário que o professor entenda que não há como fazer equiparações entre “letra bonita” e “letra feia” com letra legível e letra ilegível, pois são totalmente diferentes.

As mal traçadas linhas podem ser legíveis, ou seja, “letra feia” não é sinônimo de ilegível.

Para que os traços se tornem letras legíveis exige muito esforço por parte do aluno. Geralmente, essa adaptação da letra acontece no período da alfabetização e pode ter como consequência a continuação do problema com o passar dos anos.

A melhor forma para melhorar a letra ilegível é treinar, seja no caderno de caligrafia ou na reescrita de um texto.

O professor nunca deve deixar de escrever de maneira legível, seja no quadro, no caderno ou na agenda do aluno, pois isso é um bom exemplo.

Uma boa opção é solicitar ao aluno que escreva mais lentamente, observando os contornos, pois a rapidez pode prejudicar os contornos e, consequentemente, o entendimento do leitor.

Outra sugestão é usufruir de temas que incentivem o aluno a escrever. Se o mesmo já souber a diferença entre letra cursiva e letra de fôrma e optar por esta última, permita, pois o que vale é a comunicação. Caso o aluno tenha mais facilidade com a letra cursiva, consinta da mesma maneira.

Para se ter uma letra legível, com traços harmônicos, tudo é uma questão de treino!
Em vestibulares e concursos não é cobrado a “letra bonita”, mas sim legível, se der para entender tudo bem!

No entanto, um texto manuscrito é muito mais prazeroso de se ler quando possui uma letra orquestrada, cada traço no seu devido lugar!

Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola












A Reescrita de textos aprimora a produção textual

Reescrever um texto significa moldá-lo visando à perfeição

Se tomarmos a palavra reescrita no seu sentido literal, concluímos que se trata de algo ligado à correção de possíveis falhas durante a construção textual.

Mas neste contexto, ela deve ser entendida como um auxílio, principalmente ao nos referirmos à produção de textos narrativos.

Normalmente, a prática pedagógica se dá da seguinte maneira: O educador determina a tipologia textual a ser desenvolvida durante esta ou aquela aula.

De posse dessa incumbência, o aluno apresenta traços de dificuldade em construir um enredo coeso e coerente com vistas a atender a exigência preestablecida.

Cabe ao educador usufruir de estratégias múltiplas no intuito de “capturar” as dificuldades apresentadas e colocá-las em prática, de modo a superar os obstáculos.

Representando essa multiplicidade de estratégias está a reescrita de textos mudando o foco narrativo, os personagens, narrador, espaço e outros elementos relevantes ao texto narrativo. Tendo como suporte um outro texto já apresentado pelo professor.

Concretizando, portanto, será necessária uma leitura prévia do texto padrão, na qual deverão ser enfatizados pontos de extrema relevância, tais como:

- A maneira pela qual o narrador iniciou a história.

- Como ele delineou seus personagens, destacando traços característicos, como o perfil físico e psicológico dos mesmos.

- A linguagem utilizada para expressar sentimentos e emoções.

- O modo pelo qual sucederam os fatos durante o desenrolar da trama.

- O momento mais emocionante dentro da narrativa, destacando o clima de suspense provocado por parte do leitor.

- O objetivo do narrador em determinar um final para a trama, seja este triste, cômico ou dramático, entre outros.


Caso seja possível, sugerir que a mudança do foco narrativo seja para a primeira pessoa, isto é, para um narrador-personagem, pois ao participar da história o aluno se sentirá mais motivado a ser o sujeito de sua própria criação. Portanto, terá mais incentivo em “dar asas à imaginação”, incrementando mais o enredo e, consequentemente, tornando-se autor de um excelente texto.
Aprimorando a capacidade argumentativa
A palavra, concebida como força de expressão, tem, entre outros fatores, o poder de transformação, fazendo com que nos tornemos seres autônomos, críticos e conscientes.
Ao expressarmos nossas opiniões acerca de um determinado fato, revelamos não ser alienados a um sistema que tende cada vez mais a nos compelir.

Tal particularidade, quando levada ao contexto educacional se torna bastante pertinente, partindo-se do princípio de que uma das funções do educador é estimular a tal competência no que se refere aos educandos, visando ao seu aprimoramento de maneira constante.

Entretanto, alguns entraves tendem a surgir em função “da falta de bagagem cultural” no momento de produzir uma dissertação, de participar de um debate, entre outros procedimentos. A problemática reside no fato do desestímulo, a começar pelo ambiente familiar. Não priorizam o hábito pela leitura, nem tão pouco se sentem motivados a ampliar sua visão de mundo a partir da troca de informações.

Sabe-se que o domínio por uma língua explorando as possibilidades orais e escritas é algo que requer um posicionamento definido. Entretanto, tais competências podem ser conquistadas paulatinamente, precisando, portanto, de dedicação e de auxílio.

Entre elas, destaca-se a importância de o educador apostar em metodologias eficazes, no intento de reforçar a capacidade argumentativa de seus educandos. Diante disso algumas dicas poderão ser valiosas. Como por exemplo:


* Sugerir que os mesmos analisem textos que enfatizam tal temática, como por exemplo, artigos de opinião, cartas argumentativas, cartas de leitores, editoriais, dentre outros gêneros.

* Realizado este procedimento, o educador poderá sugerir que os educandos se coloquem no lugar de emissores, revelando suas opiniões sobre o assunto ora enfatizado em um determinado texto, retratando as convergências e divergências, e, sobretudo, revelando o “porquê” de tal posicionamento.

* Em seguida, poderá haver a troca coletiva das produções, no objetivo de fazer com que o aluno defenda sua posição em relação ao assunto abordado.

* Posteriormente a isso, um debate poderá ser promovido com vistas a efetivar ainda mais os objetivos propostos.
Mário Quintana – Projeto Educativo

Mário Quintana e crianças declamando suas poesias, dispostas em livro infantil
Trabalhar com poesia é sempre muito interessante, pois a cadência ritmada que as mesmas apresentam desperta maior interesse nos alunos.
Poesia é a arte de falar e escrever através do ritmo e do compasso, dando ao texto um ar mais suave, mais encantador.
Mário Quintana utilizou-se desse modo de escrita para retratar sua visão de vida, seus ideais e sonhos.
Nascido na cidade de Alegrete/RS, aos 30 de julho de 1906, aos treze anos de idade já escrevia para a revista do colégio em que estudava, suas primeiras publicações.
Como o escritor começou sua carreira ainda muito novo, fica fácil contagiar os alunos do ensino fundamental II com sua história, pois mesmo tendo uma vida difícil, aos 21 anos já era órfão de pai e mãe, se dedicou à escrever e à traduzir livros estrangeiros para o português.
Para iniciar o projeto é indispensável a discussão do tema na sala de aula, levantando os interesses do grupo em relação ao assunto. Propor pesquisas deve ser parte dessas conversas, a fim de se coletar material para o desenvolvimento do projeto.
Na aula seguinte, os alunos devem apresentar o material, destacando os pontos que consideram mais importantes da vida e obra de Mário Quintana, a fim de tomarem os próximos passos do desenvolvimento do trabalho.
Podem ser divididos em grupos, sendo que cada um deverá cuidar de uma parte da vida do escritor, como: biografia, início da carreira, principais obras, reconhecimento no mundo, poemas mais conhecidos, dificuldades encontradas, premiações conquistadas, etc.
O projeto deve caminhar com o intuito de oportunizar aos alunos o conhecimento da vida e obra do escritor, bem como de seguir os interesses dos alunos.
Passeios a museus e bibliotecas, fora da escola, são muito interessantes, pois causam entusiasmo aos estudantes em participar de uma aula diferente, que fuja dos padrões da escola. Visitar a Casa de Cultura Mário Quintana, ainda que por site, revela algumas curiosidades sobre a vida do escritor e sua importância para a literatura brasileira.
Montagem de apresentações em programas de computador também é uma forma de dinamizar as aulas, sendo que essas deverão circular pelas vias de internet, sendo enviadas via e-mail. Imagine o quanto será importante para os alunos montar um vídeo ou uma apresentação em “power point”, de qualidade, para circular pela internet! Além do mais, internet é um assunto em voga e adolescentes se interessam mais quando os assuntos se voltam para a rede. Além disso, é uma forma do professor trabalhar os aspectos positivos do mundo virtual.
O professor deve abrir espaço para a circulação do conhecimento, deve estar muito bem preparado sobre o assunto - vida e obras de Mário Quintana - para orientar as discussões e questionar os alunos, a fim de que formulem respostas consistentes.
Não há como manter a aula em silêncio, pelo contrário, onde há circulação do conhecimento há também a troca de informações, o diálogo pautado no conteúdo de qualidade. Permita, abra espaço para as discussões, para as brincadeiras criativas.
Cartolinas, papéis pardos, recortes, imagens, notícias de revistas e jornais, canetinhas, lápis de cor, giz de cera, cola, tesoura, etc., devem compor o espaço da sala de aula durante o desenvolvimento do trabalho, a fim de produzirem materiais de qualidade para serem expostos ao final do projeto.
Montar textos adaptativos das obras também é uma forma de trabalhar os conceitos de poesia e desenvolver a criatividade, dando aos alunos a oportunidade de produzirem novos textos a partir dos textos do poeta.
Comparar os textos de Quintana aos textos de outros escritores será uma forma de trabalhar a diversidade cultural e de escrita, a forma como cada um faz uma leitura do mundo, se sonhadora, triste ou melancólica.
Desenvolver um trabalho pautado em obras poéticas é muito rico, além de ser uma ótima oportunidade para se aperfeiçoar e dinamizar as aulas de literatura. Para isso, pode-se utilizar o livro “Antologia Poética” organizado por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, dois grandes admiradores de Quintana.
Ao final do projeto, apresentar um recital com declamações do autor, além de expor todo o material construído pelos alunos. Com isso, divulga-se o projeto, a importância dos textos literários para nossas vidas, formas de divulgação e troca de conhecimento, além de oportunizar que outras pessoas tenham contato com a vida e obra de Mário Quintana.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
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Aprimorando o ensino da crase – Uma perspectiva inovadora

O desafio do educador – Buscar alternativas rumo à concretização dos resultados


A trajetória profissional de todo educador pauta-se pela busca de mecanismos que viabilizem sua prática pedagógica, no intento de promover a assimilação dos conteúdos, visando a reciprocidade no que se refere ao ensino-aprendizagem.

Em se tratando do ensino da língua materna, sabemos das enormes barreiras enfrentadas pelos docentes e que, de certa maneira, contribuem para torná-la um estigma.

As raízes desta problemática residem no fato de que a gramática normativa, de posse de suas infinitas regras, colaboram para a repulsa por parte dos educandos, na qual o resultado é tão somente comprometer o laborioso dia a dia do professor.

Priorizando o estudo sobre o acento indicador da crase, sabemos que o mesmo é alvo de uma série de questionamentos, onde as dúvidas circundam o universo da escrita, proferido por vestibulandos, pessoas em comum, e pela maioria dos alunos.

Desta feita, procurando facilitar o trabalho do professor no que se refere ao ensino da crase, algumas dicas poderão ser de grande valia, optando-se mais para uma análise contextual e linguística, a se prender pelas regras previamente estabelecidas:

# No uso antes de palavras femininas:

Fomos à cidade.

Em primeiro lugar, é interessante ressaltar sobre dois aspectos bastante peculiares:

Quem vai, sempre vai “a” algum lugar.

Quanto ao gênero, a palavra “cidade” pertence ao feminino.

Deste modo, o que ocorre, é pura e simplesmente, a junção do artigo definido com a preposição.

# Antes de expressões que representem advérbios de lugar:

Viajei ontem a Brasília.

É perceptível que a palavra “Brasília” não exige o artigo feminino. O fato se comprova por meio da seguinte oração:

Conheci Brasília o ano passado.

Em outro contexto, analisemos:

Adoro ir à Bahia para desfrutar de suas paradisíacas e exuberantes praias.

Neste caso, o termo “Bahia” já precede do artigo definido “a”:

A Bahia pertence à região nordestina.

Quando nos enveredamos por “trilhas menos sinuosas e mais acessíveis”, o resultado tende a ser mais significativo, dignificante, e extremamente proveitoso.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Basil Escola


Comentário Crítico-Reflexivo nos trabalhos manuscritos
O trabalho manuscrito é uma boa opção para a pesquisa escolar hoje em dia. Principalmente na investigação feita em casa, porque sabemos que o acesso aos conteúdos escolares está mais facilitado através da internet.

A web é muito importante para a pesquisa escolar, já que sustenta diversos conteúdos diferenciados. Porém, a tendência é de que o aluno não produza um texto a partir dos quais leu na internet e sim, imprima o que melhor lhe atende. Então, é preciso que o professor comece a nortear outros métodos de se trabalhar a pesquisa.

Uma dica prática que tem um resultado extraordinário em face desse problema é propor ao aluno uma crítica reflexiva ao final do trabalho.
Inicialmente, para uma primeira aula, o professor discute com os alunos o que é crítica e como ela pode ser reflexiva, construtiva. A turma irá observar o quão importante é formular críticas a respeito de algum assunto ou de alguém, contudo, com análises reflexivas, com a intenção de levantar sempre os pontos positivos e apreciar com comedimento os negativos. Dessa forma, o estudante poderá levantar sugestões para a melhora de determinado aspecto e alçar novas possibilidades de outros.
Após essa discussão a respeito do conceito de crítica reflexiva, o professor propõe para a sala uma pesquisa sobre algum conteúdo da grade curricular da série. No entanto, é melhor que o trabalho seja sobre uma matéria que será estudada, porque assim, o aluno constrói antecipadamente a sua própria reflexão a respeito do tema e poderá discutir com os colegas sobre seu ponto de vista e trocar experiências.
A pesquisa proposta deverá ser manuscrita, contudo, o aluno não poderá simplesmente copiar o que leu, mas fazer seu próprio resumo de, no mínimo, 15 linhas e no máximo 30, dependendo do assunto.
Ao final do trabalho o aluno fará um novo item chamado “Comentário Crítico-reflexivo” ou “Minha crítica construtiva”. Neste item o estudante discorrerá em no mínimo 10 linhas e no máximo 15 linhas uma análise a respeito do que leu, sem exposições de idéias gerais, como: é muito legal, foi muito interessante, muito bom esse artigo, etc. Os comentários deverão ser particulares e embasados no texto escrito.
O aluno que obedecer aos requisitos ganhará pontuação máxima no comentário e no resumo, independente da opinião que tenha exposto, pois o educador deverá ser imparcial na leitura de cada trabalho.

Importante: O professor deverá ler todos os trabalhos, por esse motivo o número de linhas do comentário e do resumo é restrito.

Como convencer o aluno a ler?
Atividade de leitura na biblioteca da escola
Trabalhar a leitura com alunos não é tarefa fácil, já que eles estão mais interessados em jogos na internet do que nos conteúdos informativos da mesma, mais preocupados em colecionar revistas de figurinhas do que ler uma reportagem. No entanto, se o aluno for incentivado a enxergar a leitura sob outra perspectiva, sem ser pelo livro didático ou pelo texto fotocopiado, veremos mudança em sala, um amadurecimento intelectual.
Mas qual perspectiva o aluno poderia ter a respeito da leitura, a não ser àquela que já tem internalizada: é chata, é monótona, é cansativa?

Uma estratégia de ensino visando à melhora da imagem e da freqüência da leitura do aluno é a de mostrar aos alunos, primeiramente, os tipos de leitura.
Os professores, em geral, têm uma tendência a se prender aos livros didáticos e aos seus textos. Há várias possibilidades de leituras a serem feitas: revistas, jornais, dicionários, fascículos, contos infantis, livros de ação, romance, policial, etc.
Uma das estratégias para que os alunos se interessem mais pela leitura, especialmente na hora de estudar, é a de propor uma investigação de leitura em grupo.
Seja no próprio material didático ou em um texto dos tipos de leitura apresentados acima, o educador propõe a leitura em duplas. Primeiramente, essa leitura é silenciosa, logo após, os alunos dividem o texto e lêem um para o outro. Além disso, cada um anota nos respectivos cadernos o título do texto, a página e o autor e faz anotações das idéias centrais e também formula perguntas sobre o assunto, a fim de serem sanadas e debatidas durante a discussão em grupo.
Ao terminar o período de leitura, o professor argumenta, em tom investigativo, o que foi apreendido do texto, o que eles mais gostaram, o que não gostaram, no que concordam e no que discordam.
O objetivo desse tipo de trabalho é o de formar leitores autônomos, que formulam estratégias de leitura e aprendizagem.
O educador pode ainda distribuir materiais diversos sobre o mesmo assunto, com o objetivo de tecer comparações de pontos de vista autorais. Contudo, se a turma for grande poderá ser dividida não em duplas, mas em grupos, com o intuito de dinamizar o momento do debate.
A próxima etapa desse tipo de incentivo é propor a leitura e fichamento também em casa. É de suma importância ter pelo menos um dia de aula para a leitura em grupo, já que essa prática em sala pode ser o precursor da formação de um hábito no estudante. O aluno vai se sentir motivado a ler, uma vez que irá discutir o assunto posteriormente em sala, defender um ponto de vista e, principalmente, será reconhecido pelo esforço e aprendizado pelos colegas e professores.
Círculo de debate

A atividade do “Círculo de debates” é aconselhável para turmas grandes e de alunos enérgicos. Pode ser utilizada em qualquer disciplina, desde que haja um assunto que possa ser discutido.

Primeiramente, o professor divide a sala em grupos de, no máximo, cinco alunos. É importante colocar aqueles alunos que costumam ser esforçados separados dos que são mais dispersos em sala.

Um texto sobre o tema escolhido deve ser selecionado anteriormente pelo professor e indicado para que os alunos leiam na semana anterior ao debate.
No dia do debate os grupos deverão se reunir em círculos na sala e o professor anotará o nome dos integrantes de cada grupo (Grupo 1: Maria, João, Joaquim e Joana).

O círculo de debate funcionará da seguinte forma: o professor, aleatoriamente, escolherá um grupo, que fará uma pergunta sobre o texto para outro grupo. Independentemente de esse último grupo ter respondido, o que perguntou também terá que responder a pergunta feita.

Por exemplo: O tema é: Língua, escrita e fala. O professor elege ou sorteia um início: grupo 2 pergunta ao grupo 7.

O grupo 2 pergunta ao grupo 7: Qual a diferença entre língua e escrita? O grupo 7 responde: Língua é um fato social, é uma convenção de comunicação em uma sociedade. A escrita, da mesma forma, é social e há uma norma padrão que uma determinada comunidade deve seguir quando escreve. O professor passa a pergunta para o grupo 2 que deverá concordar, acrescentar ou discordar com a resposta dada pelo grupo 7. O grupo 2, acrescenta: A forma com que escolho escrever concorda com a linguagem almejada, a qual tem várias funções que varia de acordo com a intenção que o autor deseja passar ao seu leitor (o jornalista escreve em linguagem jornalística com o objetivo de passar a notícia, por exemplo).

Aos alunos que participaram da resposta do grupo 7, o professor marcará participação. Contudo, os alunos do grupo 7 que ainda não participaram ficarão a espera de uma próxima rodada de perguntas e respostas.

O professor deverá dispor de pelo menos duas aulas para que todos os alunos tenham oportunidade de interagir. Esta atividade envolve os alunos, incentiva-os a ler o texto (interpretar), a buscar outras informações sobre o tema, promove a interação entre os alunos e o respeito pelo colega (silêncio quando um colega fala). Além disso, o aluno ficará atento às perguntas e respostas, uma vez que a qualquer momento seu grupo pode ser acionado ou para responder ou para perguntar e responder.

Importante: O professor deve controlar o tempo de fala de cada grupo e também assinalar as contribuições de cada aluno. A nota será dividida por participação do grupo e individual. É fundamental que a resposta tenha embasamento no texto, o aluno pode até mesmo citar a página ou o subtítulo (se houver) referente à argumentação apresentada.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola





Como fazer o aluno gostar de escrever?

Antes de papel e lápis, a aula de redação deverá discutir de alguma forma o tema geral!
Muitas vezes quando o aluno escreve “abobrinhas”, como dizem, ou expõe ideias vagas, sem conexão, a culpa não é dele!

A tarefa de escrever não é simples, ainda mais para aquele aluno que tem dificuldades de concentração. E se um ambiente de paz e segurança não for criado para a produção de texto, é praticamente impossível que resulte em algo produtivo.

A segurança é gerada a partir do momento em que o assunto é conhecido. Se o professor simplesmente coloca um tema no quadro e pede que os alunos façam um texto, provavelmente os argumentos confusos serão maioria entre as redações entregues.

Além disso, sem pelo menos discutir o assunto, a turma não terá as condições mínimas para a produção textual. A redação não pode ser punitiva e sem sentido, sem propósito!

O aluno tem que ter conhecimento sobre o fato exterior para que o internalize, tendo por base seu conhecimento prévio sobre o assunto e suas experiências, ou seja, seu mundo interior.

É muito fácil falar da era do MPB, por exemplo, dentro do contexto em que a bossa nova acontecia, pois trata-se de fatos históricos. Não que estes não devem ser citados em uma aula de redação, mas como é possível que o aluno escreva sobre algo que não experimentou na realidade? Claro, é impossível voltar no tempo, mas o professor pode colocar um vídeo sobre essa época, trazer uma música para a sala de aula, fazer um paralelo entre a MPB da década de 60 e a atual! Senão, a aula ficará monótona e os alunos se sentirão obrigados a gostar das músicas antigas e de ter os mesmos gostos dos professores ou dos pais.

Um texto mal escrito pode significar que o assunto não foi abordado como deveria em sala de aula. O professor deve ficar atendo a esse fato e usufruir de debates, desenhos, figuras, filmes, propagandas, vídeos, jornais, declaração de pessoas a respeito do assunto.

Com certeza os alunos se sentirão mais seguros ao escreverem do que sabem. Outro fato que pode acontecer é a paz em sala de aula, pois todos estarão entretidos em escrever seus textos! Há dispersão quando a turma não sabe o que escrever por desconhecer o que lhe é sugerido!

Até no vestibular o aluno tem a coletânea para se basear, para interagir com o tema geral sugerido. Além disso, as propostas de redação vêm sempre com um pequeno comentário explicativo. Assim, como é possível que na sala de aula o aluno não tenha uma prévia?
É bom refletirmos sobre essa questão!
Correção e reescrita
Reescrever: uma atitude que faz toda diferença!
Para que se tenha um texto bem escrito, alguns pontos importantes são necessários à reflexão: o tipo de texto, a intenção ao escrever, o leitor. Além disso, o aluno ou qualquer escritor deve cogitar como abordará o tema proposto ou escolhido.

Após planejar a forma como irá escrever, o aluno faz o registro, de preferência em um rascunho primeiramente, do que projetou em pensamento. Feito isso, é hora de revisar o texto e observar:

- Se a linguagem está apropriada ao tipo de texto;
- Se o leitor ou público-alvo vai entender sem problemas o que está escrito;
- Se o objetivo do texto foi cumprido: informou?, orientou?, transmitiu conhecimento?, emocionou?, etc;
- se não há frases repetitivas ou períodos com o mesmo significado;
- se não há períodos muito longos dificultando o entendimento;
- se não há palavras repetidas;
- se há fuga ao tema em determinadas passagens;
- e por fim, não se esqueça da ortografia!

O professor deve orientar o aluno a reescrever o texto se for necessário, após a correção feita pelo educador.

Contudo, antes de tudo, é bom lembrar que os princípios apontados no primeiro parágrafo devem ter sido discutidos. Assim, quando o texto for corrigido, o professor já saberá para quem está destinada a produção textual, a finalidade e a estrutura que deve ser seguida e, portanto, verificar se está coerente com o que foi proposto ou não.

Quando o estudante receber a redação, deverá ser orientado a reescrevê-la, sempre observando as correções feitas. Se ainda precisar de algum ajuste, é interessante que o professor sente com o aluno que apresenta dificuldades, converse e o ajude a reescrever o texto. Após duas ou três vezes de ajuda, é hora de deixá-lo fazer sozinho!

Cada texto e reescrita do mesmo deverão ser grampeados, a fim de que haja organização e maior percepção da evolução na escrita. A redação final será o produto de todo trabalho efetuado e, portanto, motivo de orgulho para o aluno que, dessa forma, poderá verificar seu progresso em suas próprias mãos.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

Descubra qual é a palavra!

A atividade “Descubra qual é a palavra” tem os objetivos de promover o acréscimo de vocabulário para o aluno, estimular a associação da palavra ao seu significado, além de despertar no pupilo a importância de se consultar o dicionário, a fim de obter o(s) sentido(s) das palavras.

O professor dever produzir em casa uma variedade de cartões com letras diversas do alfabeto. É necessário que a quantidade de vogais seja maior do que o número de consoantes, já que geralmente as palavras possuem diferentes consoantes, mas vogais repetidas.

O educador poderá ou não dividir a turma em duplas para realização desta atividade. Caso opte pela divisão, deverá solicitar que um aluno ajude o outro para que a tarefa não recaia somente sobre um.

É interessante que o professor reveja, anteriormente, os assuntos abordados nas aulas de Geografia, História ou de Ciências.

Por exemplo, se os estudantes estiverem aprendendo sobre o clima, então o tutor deverá escrever palavras com seus significados relativos ao tema escolhido (clima) em pedaços de papel, os quais deverão ser depositados em um saco ou sacola, para que sejam sorteados.

Em sala de aula, após entregar os cartões com as letras para cada aluno ou dupla, o professor fará sorteios dos termos que estão dentro da sacola plástica. Contudo, o educador deve falar somente o significado da palavra. O aluno terá como objetivo descobrir qual é o vocábulo apropriado para a definição exposta pelo tutor.

Por exemplo: o professor sorteia a palavra “chuva”, então, fala para a turma a definição (a do dicionário): precipitação atmosférica formada de gotas de água.

Será vencedor quem formar primeiro a palavra “chuva” e vencerá a atividade o aluno ou a dupla que montou a maior quantidade de vocábulos corretos de acordo com a definição.

Esta atividade, além de despertar o interesse do aluo pelo dicionário, irá promover a melhora da escrita de palavras mais corriqueiras nas matérias de Geografia, História ou Ciências.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola


Dinâmica de português



Dinâmica para quem tem “medo” dos verbos!

Muitos alunos não dão importância ao verbo, quando vão aprender ou estudar a matéria já fazem cara feia e não se interessam! Uma dinâmica interessante que causa impacto nos alunos é a seguinte:

Primeiramente, peça aos alunos que façam uma roda. Depois, cada um vai tentar responder à pergunta do colega do lado usando uma frase com o pronome pessoal “Eu” mais um substantivo. As perguntas devem ser do tipo: O que você gosta de fazer?, O que você fez ontem?, Do que você não gosta?, etc. Porém, a resposta deve vir com um detalhe muito importante: sem o verbo!

Dessa forma, o aluno deve dizer: Eu shopping, Você chocolate, dentre outras, dependendo da pergunta. Vai haver muitas risadas, pois a tendência é que a pessoa tente colocar o verbo.

O importante desta brincadeira é que a turma irá perceber que o verbo é fundamental na comunicação e quem sem ele fica muito difícil o entendimento.

Depois você pode discutir com sua turma sobre a importância do verbo e o que cada um aprendeu com a atividade!

Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola











Dissertação



A dissertação promove o hábito de leitura e produção de texto.
Os alunos não têm o hábito de ler, então, como ensiná-los a produzir um texto dissertativo, o qual exige uma opinião formada sobre determinado assunto?

A realidade é que os estudantes chegam ao final do ensino fundamental sem saber ler e, portanto, sem saber argumentar. Diante dessa realidade, é urgente o fato de se trabalhar a produção de texto, o desenvolvimento de idéias, o modo de expor os argumentos.

Como criar o hábito da leitura nos alunos? Em sala de aula, o professor escolhe um tipo de texto.

O ideal seria começar pelo texto jornalístico, já que apresenta uma grande quantidade de informações e diferentes pontos de vista. O artigo do jornal escolhido deve ser lido pelos alunos.

O professor pode propor à classe a produção de uma carta ao leitor sobre a matéria lida ou a produção de um artigo com opinião contrária ao que foi lido.

O educador pode ainda solicitar aos estudantes que grifem no texto elementos que dão coesão ao texto dissertativo, como “porém”, “contudo”, “entretanto”, “além disso”, “dessa forma”.

Após a atividade de leitura e produção de texto, o professor pode fazer uma correção coletiva com a intenção de revisar a estrutura do texto, a ortografia, os conectivos textuais, basta copiar no quadro o texto de um dos alunos.

Depois da correção coletiva, os alunos podem trocar seus textos com o colega do lado que deverá ler. Assim, o professor valorizará o trabalho de todos. Pode haver também um debate sobre o assunto e, nesse caso, a sala pode ser dividida entre o grupo que apóia o governo do Lula e o grupo que não apóia, por exemplo.

A intenção dessa aula é desenvolver a capacidade de argumentação, a exposição das idéias, além de aprender sobre a estrutura organizacional de um texto dissertativo.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras

Ditado e produção de texto
O ditado é uma atividade muito freqüente em sala de aula. É importante para checar o vocabulário dos pupilos e, claro, a ortografia.

Mas que tal aliar o ditado à produção de texto?

O professor faz um ditado de seis palavras de grupos semânticos iguais e diferentes, por exemplo: cachorro, vizinho, pai, assustou, cadeira, sorriu.

Imediatamente após o ditado, o professor irá corrigi-lo coletivamente. O próprio aluno irá fazer a auto-correção, de acordo com a do quadro. A auto-correção é muito interessante, pois a criança começa a ter percepção do erro cometido e, como a correção é feita logo após o ditado, o estudante consegue entender até mesmo o motivo que o levou ao erro: falta de atenção, pressa ao escrever, problemas na grafia.

Em seguida, o professor irá propor a elaboração de um texto narrativo. Contudo, ao longo da narração, o estudante deverá incluir as palavras do ditado.

Essa tarefa deverá ser feita em sala, para que o aluno não desvie a atenção para outros afazeres. A criatividade estará mais aguçada, já que enquanto escrevia as palavras ditadas, as imagens correspondentes aos vocábulos vinham à mente do aluno.

O professor ultrapassará a expectativa pedagógica do ditado, quando o aliar à produção textual. Não serão apenas termos, mas desde já a criança estará trabalhando a coerência e a coesão mesmo que não perceba, pois deverá inserir as palavras do ditado de maneira que tenha sentido lógico para quem lê, além de clareza.

Essa atividade auxilia na coordenação motora, na noção de tempo, na grafia, na percepção ortográfica, na introdução à coesão e coerência, no estímulo à criatividade e na interação professor-aluno. O ditado passará de uma tarefa complicada e difícil para uma atividade prazerosa em que o aluno se sentirá seguro da própria escrita e livre para a produção textual.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola





Ensinando os advérbios


Campeonato de identificação dos advérbios: uma maneira divertida de ensinar!

Você está ensinando os advérbios? Que tal um campeonato?

A atividade prática envolta em um clima de competição pode ser uma alternativa para os alunos memorizarem os tantos advérbios existentes. Afinal, são realmente muitos que ainda são classificados em diferentes tipos: lugar, tempo, modo, negação, afirmação, dúvida e intensidade.

Cada tipologia possui mais de dez advérbios e alguns como “de repente” pode ser tanto de modo quanto de tempo, dependendo do contexto. Então, uma análise por parte do leitor deve ser realizada antes de se classificar determinado advérbio.

Essa atividade propõe um campeonato entre grupos ou entre meninos e meninas, desde que a quantidade de cada lado seja equivalente, a fim de despertar a capacidade de distinção do aprendiz.

O professor divide os alunos em dois grupos, conforme achar melhor. Cada grupo escreverá duas orações com um advérbio cada uma em folhas de papel em branco para o outro grupo classificá-los. Por exemplo:

Grupo A escreve: Provavelmente, não irei à festa. Hoje, quero descansar.

Grupo B deve responder: 1º advérbio é de dúvida: provavelmente e o 2º é de tempo: hoje.

Se acertar as duas classificações são dois pontos, portanto, caso acerte só uma, será um ponto.

O professor deverá determinar quantas rodadas serão realizadas e também estipular o tempo para resposta.

É importante frisar para os alunos que é proibido colar ou fazer qualquer tipo de pesquisa em livros, apostilas ou caderno.

Também é interessante que o professor trabalhe o conteúdo antes, através de tarefas de casa e atividades em sala. Pois essa dinâmica tem o objetivo de fixar o conteúdo dos advérbios. Logo, o aluno deve vir preparado para o campeonato!

Fica a critério do educador recompensar o grupo vencedor com uma premiação. No entanto, se o fizer, é essencial que o grupo que perdeu também ganhe um prêmio de consolo, como incentivo para continuar tentando.

Gostei de ler

"Gostei de ler” – um importante incentivo à leitura.
A atividade de leitura “Gostei de ler” é uma dica de aula para alunos dos anos iniciais, primeira fase e segunda fase.

Os alunos vão à biblioteca da escola e escolhem determinado livro literário de acordo com a faixa etária.

O professor deve estar atento ao livro escolhido, uma vez que na biblioteca poderá ter obras com conteúdos inapropriados em relação à idade das crianças.

Antes de irem à biblioteca, o professor deve recomendar aos alunos que escolham livros que consigam ler ao tempo de uma aula e que levem papel e caneta para anotarem o nome do autor, do título da obra, bem como alguns trechos mais importantes.

Quando retornarem à sala de aula, os alunos deverão fazer uma síntese da história lida: o assunto, as personagens principais e o conflito maior da história, porém, sem contar o desfecho.

É extremamente importante que o estudante não conte o final da narrativa, já que a intenção desse trabalho é despertar o interesse dos colegas em fazer a leitura da história através do resumo lido.

Esta síntese será escrita em uma folha à parte com o título “Gostei de ler” seguido do nome da obra e do autor, a fim de ser fixada no mural da sala de aula ou da escola para que outros alunos leiam. Antes de serem fixadas, algumas sínteses poderão ser sorteadas para serem lidas para a turma, com a finalidade de instigar os estudantes a ler outros resumos.
Exemplo: Gostei de ler “Maria e João” de Joaquim Souza. O livro traz duas personagens que se gostam muito e planejam se casar. Mas o pai da moça, chamada Maria, é viúvo e não quer ficar sozinho. Entre vários encontros às escondidas, João diz a Maria que precisa mudar de cidade. E agora, o que Maria irá decidir. Para saber o final, leia o livro, você não vai se arrepender!

Se a escola, além de livros literários, tiver acervo de jornais e revistas, esta atividade também poderá ser realizada com alunos do ensino médio, os quais deverão fazer uma sinopse da reportagem ou artigo lido. Neste caso, entretanto, o desfecho deverá ser citado e o escritor poderá acrescentar um comentário pessoal.

O ideal é que esta aula seja realizada pelo menos uma vez por semana!
Por Sabrina Vilarinho

Jornal falado – notícias para a sala de aula!
Jornal falado – uma maneira de trazer a notícia para a sala de aula.
Uma dica importante para se trabalhar com os alunos é o “Jornal falado”, pois essa atividade trabalha a leitura de informação prévia: jornal impresso, revistas, além de instigar o aluno a assistir os jornais televisivos.

O professor dividirá a turma em grupos de quatro alunos: cada um será responsável por passar um tipo de notícia: mundial, nacional, clima e esportes.

À frente da sala, o grupo de alunos escolhido para aquela semana irá expor as notícias principais do final de semana. Esta tarefa deverá ser realizada toda terça-feira da semana para que haja tempo dos integrantes se reunirem e se organizarem melhor durante a segunda-feira.

O tempo sugerido para esta atividade com a sala é de no máximo meia hora no total ou 7 minutos para cada estudante.

Cada aluno trará as novidades que irá falar escritas em um papel a parte, para ser entregue ao professor. Dessa forma, o educador poderá avaliar o desempenho da escrita de cada um e também ter o controle de quem participou.

Os integrantes de cada grupo devem se revezar entre os tipos de notícia. Por exemplo: quando for a vez do Grupo 1 apresentar, quem ficou com o “clima” na última apresentação, ficará com “esportes” dessa vez, e assim por diante.

Após a exposição do grupo, o educador poderá promover um debate sobre cada informação passada através dos colegas e questionar aos demais se leram sobre o assunto discutido, se escutaram falar algo sobre ou se têm algo a acrescentar.

Os alunos ainda podem fazer uma espécie de teatro durante a apresentação utilizando nomes fictícios baseados nos dos apresentadores de telejornal, como por exemplo: Caco Nascimento, Coris Basoy, Patrícia Poetisa, Zeca Magro, etc. Dessa forma, a atividade, além de interessante, ficará descontraída e chamará a atenção da sala.

Os alunos vão interagir com os assuntos mostrados na sala de aula e irão aprender sem que percebam. Estarão mais atentos às notícias e, conseqüentemente, mais informados.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

Fichamento


Jornal falado – uma maneira de trazer a notícia para a sala de aula.
Uma dica importante para se trabalhar com os alunos é o “Jornal falado”, pois essa atividade trabalha a leitura de informação prévia: jornal impresso, revistas, além de instigar o aluno a assistir os jornais televisivos.

O professor dividirá a turma em grupos de quatro alunos: cada um será responsável por passar um tipo de notícia: mundial, nacional, clima e esportes.

À frente da sala, o grupo de alunos escolhido para aquela semana irá expor as notícias principais do final de semana. Esta tarefa deverá ser realizada toda terça-feira da semana para que haja tempo dos integrantes se reunirem e se organizarem melhor durante a segunda-feira.

O tempo sugerido para esta atividade com a sala é de no máximo meia hora no total ou 7 minutos para cada estudante.

Cada aluno trará as novidades que irá falar escritas em um papel a parte, para ser entregue ao professor. Dessa forma, o educador poderá avaliar o desempenho da escrita de cada um e também ter o controle de quem participou.

Os integrantes de cada grupo devem se revezar entre os tipos de notícia. Por exemplo: quando for a vez do Grupo 1 apresentar, quem ficou com o “clima” na última apresentação, ficará com “esportes” dessa vez, e assim por diante.

Após a exposição do grupo, o educador poderá promover um debate sobre cada informação passada através dos colegas e questionar aos demais se leram sobre o assunto discutido, se escutaram falar algo sobre ou se têm algo a acrescentar.

Os alunos ainda podem fazer uma espécie de teatro durante a apresentação utilizando nomes fictícios baseados nos dos apresentadores de telejornal, como por exemplo: Caco Nascimento, Coris Basoy, Patrícia Poetisa, Zeca Magro, etc. Dessa forma, a atividade, além de interessante, ficará descontraída e chamará a atenção da sala.

Os alunos vão interagir com os assuntos mostrados na sala de aula e irão aprender sem que percebam. Estarão mais atentos às notícias e, conseqüentemente, mais informados.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escol
Novas estratégias de ensino para as orações subordinadas
O educador geralmente se apega em certos paradigmas que acabam corrompendo o aprendizado do aluno, uma vez que o mesmo se adapta ao modo da didática aplicada.

Um exemplo que retrata esta problemática é o ensino da Língua Portuguesa baseada em regras preestabelecidas.

Tomando por base o ensino das orações subordinadas adjetivas e suas subdivisões, sabemos que as mesmas se subdividem em Restritivas e Explicativas.

O educador tem por hábito incutir no aluno que: Adjetivas Restritivas não aparecem separadas por vírgulas, e as Explicativas aparecem.

Diante disso, o aluno não apreende da forma como deveria, ou seja, ele não entende o “porquê” da ocorrência, e sim, faz a diferenciação por meio do sinal de pontuação.

Não somente este caso, mas também vários outros, terminam por corromper o instinto crítico do aluno em instigar e levantar questionamentos no objetivo de buscar caminhos mais eficazes para a apreensão dos conteúdos ministrados em sala.

Torna-se necessário que o educador encontre “vias” alternativas visando o aprimoramento de sua conduta no que se refere à transmissão dos conhecimentos. E uma ótima alternativa para o ensino do conteúdo acima mencionado é:

Em primeiro plano, apresentar as duas modalidades de orações. Como por exemplo:

Os cachorros que são peludos são os mais procurados por todos.

O ideal é representar através de desenhos, um grupo global, ou seja, o grupo dos animais mamíferos, quadrúpedes, entre outros, representados pela classe dos Cachorros.

Em seguida, desenhar um subconjunto explicitando que há cachorros de várias características: peludos, grandes, com poucos pelos, e assim por diante.

Em suma, fazendo esta representação, torna-se fácil a compreensão, pois se restringe apenas a um grupo específico - o das Restritivas.

Quando se trata das explicativas, o processo não se difere. Vejamos o exemplo:

O cachorro, que é um animal mamífero, é o melhor amigo do homem.

Baseando-se na velha didática, a identificação seria pela presença da vírgula, ou seja, ela é uma explicativa. Mas apoiando-se em uma explicação mais estruturada, teríamos:

O que está entre vírgula, retrata uma explicação “universal”, isto é, faz parte do conhecimento de todos, como uma verdade óbvia, razão pela qual há a necessidade de estar entre este sinal de pontuação.

Estratégias como estas facilitam o aprendizado e evitam que os alunos se tornem adeptos da famosa “decoreba” das regras gramaticais e outras questões relacionadas à Língua Materna.

O Conto que eu li – incentivo à leitura e oratória.
A prática de ler é muito escassa em nossas escolas e também ao alunado de maneira geral. Generalizando o assunto, não há muitos incentivos por parte do professor, nem tão pouco das escolas em incitar o aluno a ler, principalmente os adolescentes.

Uma dica de aula para professores de 5º ao 9º ano da segunda fase é promover o circuito de leitura anual “O conto que eu li”.

Anualmente, a professora passa uma pequena lista de oito livros de contos para os pais, os quais poderão comprar a cada início de bimestre. Durante o ano letivo o estudante deverá ler todos os livros propostos e, a cada bimestre, um.
No decorrer da semana, uma aula de português será destinada ao circuito de leitura “O conto que eu li”: o aluno sorteado pelo número de chamada deverá ir à frente e contar em poucas palavras dois contos que leu do livro.
À medida que um conto for exposto não poderá ser mais lido por outro aluno.

O estudante que não quiser ir à frente não poderá ser forçado e terá a opção de na próxima aula trazer o resumo dos contos com suas próprias palavras.

Caso um aluno não seja sorteado para ir à frente, não há problema, a nota não será diminuída, já que terá oportunidades no próximo bimestre, bem como durante todo ano letivo. Contudo, o aluno que já tenha exposto os contos de um determinado livro não poderá mais participar até o próximo livro indicado.

Não poderá haver contestações sobre um aluno ir mais a frente do que outro, já que a seleção será por sorteio de números e também porque a finalidade é incentivar a turma a ler mais, de modo geral.

Se um aluno que for chamado não expor a história ou não fazer um resumo da mesma, terá obrigatoriamente sua nota reduzida.

O professor ficará atento para anotar os alunos que foram e os que não, para que não se contradiga na hora da somatória para obtenção da média final.

Essa atividade além de incentivar a leitura, incentiva também a oratória, pois o estudante terá que ir à frente da sala para contar a história que leu. Além disso, a exposição da história gera no ouvinte uma expectativa de saber o final ou de se preparar para não ser pego de surpresa!

Importante: o livro deve ser de contos, já que a leitura é mais fácil, rápida e conseqüentemente o resumo oral também.


O ensino gramatical contextualizado e o incentivo à pesquisa
O constante desafio do educador – apostar em metodologias eficazes

Apesar do dinamismo referente às reformas educacionais, como os PCNs, por exemplo, há de se convir que um grande número de educadores ainda encontram dificuldades em se adequar aos postulados vigentes.

De modo a exemplificar tal ocorrência, ressalta-se o ensino gramatical de maneira contextualizada em detrimento à famigerada didática com base em nomenclaturas atribuídas isoladamente. Seus resquícios se devem ao fato de este procedimento ter perdurado por um longo tempo, tornando, desta forma, um tanto quanto padronizado.

Em consonância a este fator salienta-se para o fato de total relevância - a aplicação de conteúdos apoiados em uma postura metodológica estritamente tradicional, na qual o professor se sente detentor do conhecimento, e o aluno figurando-se como um mero expectador.
Todavia, pesquisas realizadas comprovam êxito no que se refere aos objetivos propostos, quando o educador assume uma postura, digamos que, de mediador. Propondo situações-problema, sugerindo pesquisas, instigando questionamentos e descobertas, enfim, fazendo com que os educandos se sintam agentes em busca de seu próprio conhecimento.
Assim sendo, torna-se extremamente plausível o reconhecimento de fatos linguísticos a partir de uma análise contextualizada, tendo em vista o aspecto funcional da língua com base nas diversas situações comunicativas.
Visando tornar prática tal assertiva, o educador poderá pautar-se em diversificados elementos gramaticais de modo a aplicá-los também, sob diversificadas propostas metodológicas. Para tal, elenca-se a seguir alguns procedimentos sugestivos:
# No que se refere aos aspectos pertinentes à linguagem jornalística, mais especificamente a notícia, torna-se altamente proveitoso determinar que os educandos analisem fatos polêmicos, ressaltando pontos pertinentes, não somente referentes à linguagem, mas estruturalmente falando. Neste caso, poderão ser enfatizados aspectos pertinentes ao lead, tais como: Onde? Quando? Por quê? Com quem? Para quem é destinada tal comunicação?;
# Outro fator são os elementos coesivos ligados a diferentes gêneros textuais: Esteticamente, qual a contribuição dos mesmos? Como se apresentaria sem a presença dos mesmos? Qual a intenção do emissor ao empregá-los? ;
# A linguagem figurada também pode ser alvo de infinitas descobertas, partindo-se da dualidade: objetividade X subjetividade, tomando como ponto de partida sua empregabilidade, analisando o instinto persuasivo na linguagem publicitária e enfatizando pressupostos ideológicos referentes à linguagem literária.
Esses e outros recursos poderão promover resultados amplamente positivos, à medida que o ensino gramatical, ao contrário de se tornar estigmatizado, seja visto como algo prazeroso com vistas à praticidade cotidiana.

Produção textual e revisão coletiva Quando o assunto é escrita, os alunos já se mostram desanimados e desgostosos. Parece que o pensamento “Não gosto de escrever” já surge na mente atrapalhando todo processo de aprendizagem da escrita. Os alunos não se interessam em expor suas idéias, nem tampouco compartilhá-las com o grupo. A sala está desunida, alguns pupilos escrevem, outros demoram em pegar o caderno e o lápis. E então, o que fazer diante dessa cena tão comum em sala de aula?
Uma sugestão é promover a escrita de um texto com toda a turma. Inicialmente, o educador propõe um tipo de texto: a fábula, por exemplo.
No entanto, essa aula não terá o efeito desejado se o professor não explicar, primeiramente, o que é fábula, as características desse tipo de texto: as personagens, o tempo e o espaço e também da importância do final, o qual é o momento em que a moral da história é apresentada. Para isso, o professor pode separar cerca de duas aulas para trazer livros de fábula para os alunos ou levá-los à biblioteca para que leiam. Neste último caso, o tutor deve selecionar os livros de fábula na biblioteca, para que os alunos não escolham uma literatura aleatoriamente. O educador pode ainda ler alguma história ou contá-la para a turma, pregar ou pendurar no mural da sala uma lista com os elementos da fábula, para que os educandos não se esqueçam.
Depois que os alunos tiverem familiarizados com a temática sugerida, estarão prontos para produzir uma fábula coletiva.
Então, em sala o tutor propõe a produção coletiva de uma fábula. À medida que forem narrando, o professor vai escrevendo. Uns dão sugestões de personagens, outros de tempo, de espaço, dos acontecimentos, e assim por diante. A história não pode ser muito grande, de modo que não caiba no quadro. Após a conclusão do texto, o educador chama os alunos para corrigi-lo. Primeiramente, se faz a leitura da produção textual, depois começa a revisão coletiva.
Durante a revisão, o professor vai visualizando o que pode ser mudado, por exemplo, quando há muitas repetições de verbos, nomes de personagens ou de reprodução de expressões orais (“aí ela”, “daí ele”), o professor pode perguntar a turma o que pode ser colocado no lugar. Se há muita repetição do nome João, coloca-se “ele” no local; verbos iguais, coloca-se um sinônimo; as expressões orais poderão ser substituídas por “então”, “logo”, etc. Associado a essa análise do texto, o educador explica o uso do pronome, a importância de se conhecer mais verbos, o uso dos conectivos textuais para maior clareza, etc. Após a correção, o aluno pode corrigir no caderno tudo que sofreu alterações no quadro.

Essa aula instiga o aluno a gostar da escrita, pois ele sentirá necessidade de ver seus próprios textos escritos, nos quais poderá escolher tudo que vai escrever e como. Além disso, perceberá que ele mesmo pode produzir seu texto e revisá-lo.
Em outra aula o educador sugere a produção individual de uma fábula. Depois de escritos, o educador pode propor a troca das produções entre os colegas, para que cada um indique ao seu parceiro as partes que não entendeu, o que poderia ser retirado ou colocado, as substituições necessárias, e assim por diante.
Ao final dessa atividade a sala estará mais unida e mais à vontade a respeito do ato de escrever. Os estudantes passarão a ter outros tipos de pensamentos em relação à escrita, como: “É muito bom escrever”, “É legal escrever a própria história”, “Foi divertido escrever e corrigir”.

Sugestões de fábulas que podem ser lidas: A Lebre e a Tartaruga, A Galinha dos ovos de ouro, O Leão e o Ratinho, A Galinha Ruiva, O Velho, o Menino e o Burro.
Práticas metodológicas com ênfase nas relações intertextuais

As relações intertextuais presentes nas propagan
Mediante sua vivência profissional, o educador compartilha inúmeras experiências, por vezes desafiadoras, mas tais desafios tendem a tão somente ampliar suas práticas metodológicas, sua visão crítica acerca da realidade a qual se perfaz o ambiente de sala de aula, entre outros aspectos. Indubitavelmente, tais conquistas implicam no efetivo amadurecimento e crescimento enquanto docente atuante.
Em meio a essas descobertas, menciona-se um fato de relevante importância: a didática voltada para a aplicação dos conteúdos. E, referindo-se a estes, há que se considerar um importante fator – a forma pela qual serão transmitidos, visto que o objetivo pretendido é fazer com que haja uma total apreensão por parte dos educandos. Diante desse pressuposto, uma constatação parece reluzir a todo instante – quanto mais o educador procura aproximar as questões teóricas da realidade circundante, mais se obtém eficácia no tocante à didática. Em função disto, o presente artigo pauta-se por elucidar algumas considerações relacionadas a essa ocorrência, tendo como suporte o ensino com base nas relações intertextuais.
Sabe-se que a intertextualidade se volta para o diálogo estabelecido entre as diferentes formas de comunicação, seja por meio de um texto, uma imagem ligada a um fato polêmico, pelas artes de uma forma geral (pintura, escultura), pelas propagandas veiculadas pela mídia, entre outras vias intermediárias. Portanto, de forma específica, as propagandas políticas são um excelente exemplo para a abordagem do conteúdo em questão. Desta feita, procurando materializar a prática condizente à teoria x realidade, algumas sugestões poderão subsidiar o trabalho do educador, com vistas a norteá-lo rumo a esse procedimento, podendo ser assim conferidas:
*Como passo inicial, é importante haver uma prévia explanação acerca do que realmente é a intertextualidade, ressaltando aspectos principais, bem com os tipos existentes.
*Posteriormente, pode-se sugerir que os alunos analisem o discurso referente às propagandas e constatem qual o texto-base a que estas faz alusão, pois geralmente intertextualizam músicas de renomados artistas.
*Feito isso, é interessante propor um seminário visando a discussão da mensagem apresentada, levando-se em consideração o ponto de vista apresentado pelos próprios alunos, momento este propício para aprimorar a visão crítica de todos.
*Partindo-se do pressuposto de que eles se sentem motivados ao demonstrarem sua habilidade criativa, para encerrar, é interessante sugerir que eles se coloquem no lugar dos próprios candidatos, e assim criem sua publicidade, utilizando, é claro, os conhecimentos sobre as relações intertextuais. Certamente, o que não faltará é criatividade, e a apreensão se dará de forma plausível.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras

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